segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Lirismo Farto

Finge que presta atenção, não lê
o que escrevo exige
devoção, as palavras merecem
reverências - pedem a todo momento,
não vês? Que isto é um poema,
não sentimento!

Estou farta de críticas não literárias,
de mensagens de estima e apreço.
Eu escrevo na linha imaginária
do que nem eu mesma conheço.

12 espinhos:

izilgallu disse...

Gostei muito da sua ideia, fica aqui meu parabéns....

W.G. disse...

Apareça lá no meu blog.

Vou linkar este ao meu. Posso?

Paulo Osorio disse...

O que escreves é o que te torna mais, ou até menos, é o que te torna tudo, ou até nada em sí mesmo, mas nunca sem conteúdo, sem sangue, sem cor, sem alma. O teu poema tem tudo isso. Sinceramente, belas letras. Abraços!

otto M disse...
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Unknown disse...

Oi, menina, você me pescou na outra página. Aí, lhe reconheci, porque eu a li assim que começava por lá. Gosto muitíssimo do jeito que escreve. Você é de uma inteligência rara, como foi inteligente este poema e a sua idéia do Blog.
Temo não conseguir acompanhar este ritmo. De qualquer forma, vou tentar- assim que eu o entender...

Anônimo disse...

sou só um admirador dessa forma de arte, mas gostei do blog porque fala com a gente toda que escreve e lê, é muito bom esse debate. Tem quem goste de "mensagens de estima e apreço".

Priscila Lopes disse...

Otávio, como não sei o que você entende por "poesia hodierna" (quero dizer, à época que se refere: os últimos dez, vinte ou quarenta anos?), e porque falou em malabarismo, me veio à mente a poesia concreta. De fato, há os que nela se "equilibram" (com maestria) e há os que dela despecam sem pudor. Eu confesso não levar jeito pro concretismo, mas, cá entre nós, a literatura, quando bem feita, "desce bem": eu consumo e digiro. O problema, colega, não está nas FASES literárias. Está na falta de bom senso daqueles que se propõem a expor seus textos mal lapidados, precoces, às vezes até indecentes. E estes estão por aí, sempre estiveram e estarão, pairando no ar, nas páginas, na tela do seu computador... independentemente de perído literário, se barrocos ou clássicos ou "hediornos".

Há escritores bons; há também os medianos. E há os que não são escritores. Todo o resto - creio que aí concordo com você - não faz arte.

Priscila Lopes disse...

Errata: hodiernos.

otto M disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Magnifíco pessoaliano!
A minha vénia ,ás vezes sou antigo outras só amigo, outras des-consigo des- consigo,não disse nada de novo!
Guimarães Rosa o disse, sou antigo ou conservador por ele?
mi digan !

Priscila Lopes disse...

(anônimo) Nem uma coisa nem outra; minha professora hoje pela manhã me falou de um livro: "A angústia da influência".

Acredito que Guimarães Rosa esteja na outra margem do Rio.

Anônimo disse...

o Bloom, ou o boom o l fica para mim e um dos us fonéticos também . Eu gosto ,mas já gostei mais, falo
do G.R , Mia comeu muito, o coto, e fico o u para mim .
Maria Velho aproveitou melhor e bem. Gosto de Maria Velho da Costa,. Tem velho no nome , mas é furiosa. O Livro do Meio é uma referência. Gosto do Quintano vou à missa às vezes com Clarisse , o l para mim inspector teve -o , ela e fez dela expia. abraços