tag:blogger.com,1999:blog-32766088871887818752024-02-06T21:40:48.607-05:00E cinco espinhos são em nossas mãos.Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.comBlogger111125tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-68856329902695870142009-08-03T16:51:00.003-04:002009-08-03T16:56:34.371-04:00THE END<div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#ffffff;"><em>.</em></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><em>O Cinco Espinhos encerra as atividades em virtude da indisponibilidade de tempo das administradoras. Agradecemos a todos que contribuíram para as discussões e postagens, bem como aos que simplesmente apareceram em nosso contador de acesso e nos motivaram a manter o blog.</em></span></div><div align="justify"><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">.</span></em></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><em>Um abraço nosso.</em></span></div><div align="justify"><em><span style="font-size:130%;"></span></em> </div><div align="justify"><em><span style="font-size:130%;"></span></em> </div><div align="justify"><em><span style="font-size:130%;"></span></em> </div><div align="justify"><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">.</span></em></div>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-54376818499640583292009-07-23T12:00:00.002-04:002009-07-24T07:59:43.660-04:00DE LÁ PRA CÁ<div align="justify">a poesia é a tradução de uma memória. por tradução entende-se o acto de explicar uma imagem, uma situação, ou alguém. por memória entende-se o conjunto de imagens, situações e pessoas. a poesia é uma imagem, uma situação, ou uma pessoa, traduzida em palavras. lida por todos ou por aqueles a quem fascina, a poesia não é escrita por muitos. descrever uma imagem, uma situação, ou uma pessoa, através da narrativa e de outros recursos linguísticos, está acessível à maioria de nós. assim, se quisermos descrever a fotografia acima, diremos que se trata de um quarto, ou de uma sala, embora a presença da cama nos incline mais para a primeira hipótese, mas nenhum de nós terá dificuldade em aceitar que se trata da divisão de uma casa. concordemos que se trata de um quarto e reformulemos: este quarto tem uma cama com um colchão, sem roupa. a janela está aberta e a cortina move-se ao ritmo do vento. a um canto do chão há uma planta e na parede um espelho onde se vê o reflexo de uma pessoa do sexo feminino. estes elementos são evidentes para quem vê esta fotografia. mas estes elementos, apresentados a quem não vê esta fotografia, têm o poder de se transformar noutra realidade. ou seja, se quisermos fazer um desenho de um quarto, com as características acima descritas, cada um de nós recriará no papel a imagem, a situação e a pessoa que o nosso cérebro emitir. a poesia é a recriação de uma realidade ou a projecção de uma ficção. através de palavras, fonemas e construções frásicas, o autor escreve o que pensa e sente e sobretudo o que quer fazer pensar e sentir. a narração não faz pensar ou sentir da mesma forma que a poesia pode fazer, porque a leitura da descrição de factos desperta quase automaticamente as imagens que os representam. embora a imagem de um quarto possa ser diferente para cada um de nós, é sem esforço algum que, ao lermos essa palavra, a compreendemos. por outro lado, a incompreensão que possa advir da leitura de um poema, não é a mesma que advém da leitura de uma narrativa. ao depararmo-nos com uma dúvida, por exemplo, na escrita ou no significado de uma palavra, podemos socorrer-nos de um dicionário ou de um prontuário ortográfico. mas, na poesia, satisfeitas todas as dúvidas de carácter linguístico, podem surgir outras de cariz literário. o entendimento de um poema dependerá da imagem, situação, ou pessoa, nele traduzidas. mais importante, contudo, e porque explicadas daquela maneira em particular, é o efeito sensorial que podem ter no leitor. é desejável que um poema desperte uma actividade neuronal que por outra via permaneceria intacta. a poesia é mais do que a descrição factual e o tamanho desse "mais" é o que o autor quiser. </div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">.</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="right"><em><span style="font-size:85%;color:#000000;">Alice Macedo Campos, Portugal</span></em></div><div align="right"><a href="http://alicemacedocampos.blogspot.com/"><em><span style="font-size:85%;color:#000000;">http://alicemacedocampos.blogspot.com/</span></em></a></div>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-72156241098149987432009-07-20T12:00:00.000-04:002009-07-20T12:00:00.511-04:00COMO DIRIA JOSÉ PAULO PAES...<div align="right"><strong>Acima de qualquer suspeita</strong></div><div align="left"><br />a poesia está morta</div><div align="left"><br />mas juro que não fui eu </div><div align="left"><br />eu até que tentei fazer o melhor que podia para salvá-la </div><div align="left"><br />imitei diligentemente augusto dos anjos paulo torres car-<br />los drummond de andrade manuel bandeira murilo<br />mendes vladimir maiakóvski joão cabral de melo neto<br />paul éluard oswald de andrade guillaume apollinaire<br />sosígenes costa bertolt brecht augusto de campos</div><div align="left"><br />não adiantou nada </div><div align="left"><br />em desespero de causa cheguei a imitar um certo (ou<br />incerto) josé paulo paes poeta de ribeirãozinho estrada<br />de ferro araraquarense<br />porém ribeirãozinho mudou<br />de nome a estrada de ferro<br />araraquarense foi extinta<br />e josé paulo paes parece<br />nunca ter existido</div><div align="left"><br />nem eu</div>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-83439713810876513962009-07-16T12:00:00.002-04:002009-07-16T12:00:02.083-04:00tempo-passaMeu pintinho amarelinho<br />não cabe mais na minha mão.<br /><br />E batatinha quando nasce<br />é exportada - pro Japão?<br /><br />A Bela Adormecida está acordada,<br />e minha rima é enjoada<br />só pra chamar tua atenção.Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-15840065272914825142009-07-13T12:00:00.000-04:002009-07-13T12:00:00.730-04:00GARIMPO LITERÁRIO<div align="right"><strong>receita para um poema</strong><br /><span style="font-size:78%;">inspirado em Waly Salomão</span></div><br />o poema não se escreve<br />sozinho, essa folha<br />com as letras já carimbadas<br />sobre o papel<br /><br />é preciso um barbante<br />amarrado no punho<br />para puxar<br />palavras<br /><br />que são teimosas, às vezes<br />cismam em não pintar<br />em correr para fora<br />da borda, pique-esconde<br />de letras no quarto<br />meus dedos buscando<br />nas paredes<br />o escuro<br /><br /><br /><div align="right"><em>Escrito por Alice Sant´Anna</em></div><div align="right"><em>Disponível em: </em><a href="http://adobradura.blogspot.com/"><span style="color:#000000;"><em>http://adobradura.blogspot.com</em></span></a> </div>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-28965697680190868542009-07-10T14:55:00.001-04:002009-07-10T14:55:49.164-04:00COMO DIRIA CHACAL...<div align="right"><strong>Uma palavra</strong></div><br />uma<br />palavra<br />escrita é uma<br />palavra não dita é uma<br />palavra maldita é uma palavra<br />gravada como gravata que é uma palavra<br />gaiata como goiaba que é uma palavra gostosaPriscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-47195624411550393082009-06-23T14:13:00.000-04:002009-06-23T14:14:06.628-04:00parábola pós ponderaçãoParo para parecer<br />proposital a perda<br />de paradigmas<br />precipitados na<br />apropriação da<br />primeira prática<br />proibida. É possível<br />que se possa ser<br />passional com a<br />pessoa pressionada<br />à passear na passagem<br />do pensamento pulsante.<br />Pondo uma ponte<br />diante dessa gente<br />pendurada<br />ponta à ponta<br />pinta-se um pêndulo<br />ponderador de pancadas.Aline Gallinahttp://www.blogger.com/profile/05008247202068680572noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-2225300851039120332009-06-23T12:00:00.001-04:002009-06-23T12:00:23.818-04:00GARIMPO LITERÁRIO<div align="right"><strong>a caneta</strong></div><strong></strong><br />deu o sangue<br />por esses versos<br />descartáveis<br /><br /><br /><div align="right"><strong><span style="font-size:85%;"><em>Líria Porto</em></span></strong></div><div align="right"><span style="font-size:85%;"><em>Disponível em: </em></span><a href="http://www.germinaliteratura.com.br/lporto.htm"><span style="font-size:85%;color:#000000;"><em>http://www.germinaliteratura.com.br/lporto.htm</em></span></a></div><div align="right"><span style="font-size:85%;"><em>Contato: </em></span><a href="mailto:liria@uai.com.br"><span style="font-size:85%;color:#000000;"><em>liria@uai.com.br</em></span></a></div>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-83969824066543751832009-06-15T08:30:00.000-04:002009-06-15T08:30:00.837-04:00Questionamentos poético-adolescentesE eu, que já não tinha pernas<br /><br />me sinto parada<br /><br />Que já não tinha mãos<br /><br />faço quase nada<br /><br />Que já não tinha olhos<br /><br />vista embaçada<br /><br />- Vivo pra não morrer.<br /><br /><br />E eu, que já não tinha amigos<br /><br />ando solitária<br /><br />Que já não tinha mãe<br /><br />nem imaginária<br /><br />Que já não tinha amor<br /><br />vivo de migalhas<br /><br />- Choro pra não sofrer.<br /><br /><br /> E eu, que já não tinha fé<br /><br />perdi a esperança<br /><br />Que já não tinha laços<br /><br />quis fazer vingança<br /><br />Que já não tinha passos<br /><br />a solidão me alcança<br /><br />- Ando pra não correr.<br /><br /><br />E eu, que já não tinha a mim<br /><br />perdi meus ideais<br /><br />Que já não tinha sonhos<br /><br />dores tão reais<br /><br />Que já não tinha planos<br /><br />vidas marginais<br /><br />- Escrevo pra não esquecer.<br /><br /><br /><div align="right"><em>poema escrito aos 17 anos</em></div><div align="right"><em>- e eu não esqueci.</em></div>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-665069866126641302009-06-11T14:32:00.001-04:002009-06-11T14:32:00.470-04:00DE LÁ PRA CÁ<div align="right"><strong>Tierras Altas</strong>, </div><div align="right">2006</div><br />Todo poema acota un espacio<br />y lo funda, baliza un territorio.<br />Aquíla altura es páramo<br />y remanso —los hombres callan— pero<br />el agua baja de los montes y su voz<br />desnudándose al aire me traspasa. Muchos<br />aquí se van y pocos<br />vuelven, los que se quedan vagan<br />como espectros rulfianos pero<br />su corazón sin catastrar ignora<br />la prisa y los registros. Aquí<br />los frutos son de otoño y cuando<br />llegan, porque las casas dan<br />al invierno y la flor se desploma<br />en ruina al pasmo de las noches<br />en pueblos sin escuela ni tabernas. Pero<br />todavía en algunos<br />es virtud la templanza y no se pierde<br />el hombre por el lucro o la apariencia. Estos<br />son los dominios del silencio. El tiempo<br />aquí se para. Y me traduce.<br /><br /><br /><div align="right"><em><strong>Fermín Herrero, Soria/España, 1963</strong></em></div><div align="right"><em>Disponível em: </em></div><div align="right"><a href="http://www.abelmartin.com/aper/herrero/herrero.html"><span style="color:#000000;"><em>http://www.abelmartin.com/aper/herrero/herrero.html</em></span></a></div>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-76499830950230698892009-06-08T09:00:00.000-04:002009-06-08T09:00:02.672-04:00GARIMPO LITERÁRIO<div align="right"><strong>Deus</strong></div><br />Já faz tempo que desacreditei em Deus.<br />No entanto, nunca esteve tão longe<br />como só o que existe pode estar.<br />E por assim ter a distância,<br />abre-me a falta Dele ao peito.<br />Sei de explicações psicológicas, antropológicas,<br />li Levis Strauss,<br />mas o encanto faz-me viva.<br />Deus não será isso mesmo,<br />Nossos espíritos imaginando?<br /><br /><br /><div align="right"><span style="font-size:85%;color:#000000;"><em><strong>Elaine Pauvolid</strong></em></span></div><div align="right"><span style="font-size:85%;color:#000000;"><em>Disponível em: </em></span><a href="http://www.elainepauvolid.net/"><span style="font-size:85%;color:#000000;"><em>http://www.elainepauvolid.net/</em></span></a></div><div align="right"><span style="font-size:85%;color:#000000;"><em>Contato: </em></span><a style="COLOR: rgb(255,0,0); FONT-FAMILY: Verdana" href="mailto:epauvolid@gmail.com"><span style="font-size:85%;color:#000000;"><em>epauvolid@gmail.com</em></span></a><span style="font-size:85%;color:#000000;"> </span></div>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-35343070732296102952009-06-04T13:23:00.003-04:002009-06-04T13:54:25.995-04:00COMO DIRIA CASSIANO RICARDO...<div align="right"><strong>a rua</strong></div><br />Bem sei que, muitas vezes,<br />o único remédio<br />é adiar tudo.<br />É adiar a sede, a fome, a viagem,<br />a dívida, o divertimento,<br />o pedido de emprego, ou a própria alegria.<br />A esperança é também uma forma<br />de contínuo adiamento.<br />Sei que é preciso prestigiar a esperança,<br />numa sala de espera.<br />Mas sei também que espera significa luta e não, apenas,<br />esperança sentada.<br />Não abdicação diante da vida.<br /><br />A esperança<br />nunca é a forma burguesa, sentada e tranquila da<br />espera.<br /><br />Nunca é a figura de mulher<br />do quadro antigo.<br />Sentada, dando milho aos pombos.Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-41611798283957553062009-05-20T13:28:00.002-04:002009-05-20T13:34:18.197-04:00GARIMPO LITERÁRIO<div align="right"><strong>RESPONDE, DRUMMOND</strong></div><div align="right"><strong>(Iôiô torturado)</strong> </div><br />Será, Drummond?<br />Será que de tudo fica um pouco?<br />será que restou um fiapo de mim<br />naquele vestido de noiva?<br />ou qualquer pulsão de amor<br />sobrevivente no lodo do peito<br />- bronquite de adeus<br />Será?<br /><br />Será, Drummond,<br />que do gesto final<br />sobrou um tchau?<br />Palavra teimosa<br />que vai e volta<br />iôiô torturado nas cartas de amor<br />que não soube escrever.<br /><br />Será, Drummond<br />que o anjo do perdão<br />está tocando a campainha?<br />Será que o destino das coisas é o esquecimento?<br />É o tanto faz<br />o deixa estar.<br /><br />Será, Drummond<br />que meu coração<br />é pedra<br />sabão?<br /><br />Será, Drummond<br />que ela lembra de mim<br />quando ouve um solo<br />de clarim?<br />Será, Drummond?<br />Será?<br />Ou nada a ver...<br /><br /><br /><div align="right"><em><strong>Gilberto Amendola</strong>, </em></div><div align="right"><em>jornalista e escreve no </em><a href="http://hajasaco.zip.net/"><em>Haja Saco</em></a><em> </em></div><div align="right"><em>às quintas-feiras</em></div><div align="right"> </div>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-76837483731623360632009-04-24T14:28:00.003-04:002009-04-24T14:33:43.660-04:00DE LÁ PRA CÁ<div align="center"><a name="POESÍA"><strong>POESÍA </strong></a></div><div align="center"><span style="color:#ffffff;">.</span></div><div align="right"></div><div align="center">Si la poesía es agua clara,</div><div align="center">dulce caricia a los sentidos</div><div align="center">quimera y ronda</div><div align="center">sueño azul de rima y ritmo,</div><div align="center">entonces </div><div align="center">ya no soy poesía.</div><div align="center">Pero si es lengua</div><div align="center">y sangre,</div><div align="center">y grito,</div><div align="center">y pozo,</div><div align="center">y llamarada. </div><div align="center">Si es aquelarre de palabras</div><div align="center">que liberan del hechizo,</div><div align="center">entonces más que nunca </div><div align="center">soy poeta.</div><div align="center">Aunque mis versos</div><div align="center">no me reconozcan.</div><br /><div align="right"><strong>Gisela Galimi </strong></div><div align="right"><strong>Buenos Aires, 1968</strong></div>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-21964440379125187582009-04-22T10:16:00.002-04:002009-04-22T10:18:06.321-04:00Próximo lançamento: 23.05 em São Paulo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgv25wb8cLA9HUJyL9pKVBn2nMlxDky6J2Z3nVAnEVdOBjoqh94uYqQ1Dp3c-_eaY5X8gvGNtd8gmvScBVD6ITyPrV6Dr9JXKXowSxTnbV8yXIgQs3oF4rle_zXe6CzqqN4AhVxhW9k-QC/s1600-h/flyer.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5327519771012699794" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 283px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgv25wb8cLA9HUJyL9pKVBn2nMlxDky6J2Z3nVAnEVdOBjoqh94uYqQ1Dp3c-_eaY5X8gvGNtd8gmvScBVD6ITyPrV6Dr9JXKXowSxTnbV8yXIgQs3oF4rle_zXe6CzqqN4AhVxhW9k-QC/s400/flyer.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-90665114535763956562009-04-09T15:22:00.003-04:002009-04-09T15:40:07.318-04:00Modéstia à parte<span style="color:#ffffff;">.</span><br />Quero poder comemorar as coisas simples<br />- porque simples é o meu poema.<br />Invejar as flores que não são tristes<br />- porque triste é o meu poema.<br />se houver problemas, superá-los;<br />se ousar a corrupção, vencê-la;<br />Quero a prosperidade - na verdade,<br />hotel seis estrelas!<br />- porque meu poema é simples<br />e pretensioso.<br /><span style="color:#ffffff;">.</span>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-46917636321266616022009-03-18T14:54:00.001-04:002009-03-18T14:54:46.490-04:00O GESTO NÃO É PALAVRA<br />NEM O OBJETO<br />AS LETRAS NÃO SÃO ONÍRICAS.<br /><br />A SEQUÊNCIA DE LETRAS FAZ O CONSCIENTE<br />PALAVRA É O PENSAMENTO.Aline Gallinahttp://www.blogger.com/profile/05008247202068680572noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-48725973653184295962009-02-10T16:16:00.001-04:002009-02-10T16:18:48.565-04:00Dízima periódicaas letras<br />em grupo<br />palavras<br /><br /><br /><br /><br />palavras<br />em grupo<br />frases<br /><br /><br /><br /><br />frases<br />em grupo<br />conto<br /><br /><br /><br /><br />conto<br />em grupo<br />romance<br /><br /><br /><br /><br />romance<br />em grupo<br />coleção<br /><br /><br /><br /><br />coleção<br />em grupo<br />coleção<br /><br /><br /><br /><br />coleção<br />em grupo<br />coleçãoAline Gallinahttp://www.blogger.com/profile/05008247202068680572noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-31802895159654363992008-12-26T07:37:00.002-04:002008-12-26T07:41:53.660-04:00A Mudez da Palavrasilêncio selvagem<br />chicotinho de palavras<br />dói tanto<br />que amarga<br />a boca de quem ouviu<br /><span style="color:#ffffff;">............................</span>ouviu ouviu<br /><span style="color:#ffffff;">..........</span>ouviu<br /><span style="color:#ffffff;">.........................</span>ouviu<span style="color:#ffffff;"> ......</span>ouviu<br />ou<br />viu<br />e não disse nada.Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-74721979066768571402008-10-27T08:00:00.000-04:002008-10-27T08:00:05.195-04:00DE LÁ PRA CÁ<div align="right"><strong>Avesso Bíblico</strong></div><br />No início<br />já havia tudo.<br />Mas Deus era cego<br />e, perante tanto tudo,<br />o que ele viu foi o Nada.<br />Deus tocou a água<br />e acreditou ter criado o oceano.<br />Tocou o chão<br />e pensou que a terra nascia sob os seus pés.<br />E quando a si mesmo se tocou<br />ele se achou o centro do Universo.<br />E se julgou divino.<br />Estava criado o Homem.<br /><span style="color:#ffffff;">.</span><br /><span style="color:#ffffff;">.</span><br /><div align="right"><strong>Mia Couto (1955), Moçambique</strong></div>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-55327824234113871152008-10-26T10:28:00.000-04:002008-10-26T10:29:29.698-04:00MeniniceComo se fosse a primeira vez<br />Ela lambeu a ponta do lápis – mania que tinha<br />Riscou os olhos – traço curto e grosso<br /><br />Como se fosse a primeira vez<br />Ela a olhou e disse:<br />“você não quer se riscar também?”<br /><br />Como se fosse a primeira vez<br />As duas gerações descobriam-se<br />Pelo rastro dos riscos nos olhos.Aline Gallinahttp://www.blogger.com/profile/05008247202068680572noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-75947367689527853332008-10-23T15:14:00.001-04:002008-10-23T15:17:08.967-04:00"Hoje em dia..."<span style="color:#ffffff;">.</span><br />Sentia falta do tempo<br />em que as poesias (se) exaltavam:<br />- Oh céus, oh Cristo!<br />E por isso não lia mais<br />poemas, não aparecia<br />nos lançamentos, nas livrarias,<br />saraus ou sebos.<br /><br />- Oh céus, mas que merda!<br /><span style="color:#ffffff;">.</span>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-35984851490544491472008-10-16T09:53:00.008-04:002008-10-16T10:36:55.572-04:00DE LÁ PRA CÁ<div align="right"><strong>Probable Lineage</strong></div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1wjaIszLy_Qf3BH7cm1szEosfyQKBaES4i0rsgvQpXtVe4VRPm0zCmpXZWDt8A9ahGQP-SNi9U_WAgB3Sct7Avu1ziAMiIOkVW5Wj6UB8NVQ2KRtaXKQqUGZs5B4voCSC4TCfJFQEZhYR/s1600-h/waber-probable-lineage.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5257751629091355506" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1wjaIszLy_Qf3BH7cm1szEosfyQKBaES4i0rsgvQpXtVe4VRPm0zCmpXZWDt8A9ahGQP-SNi9U_WAgB3Sct7Avu1ziAMiIOkVW5Wj6UB8NVQ2KRtaXKQqUGZs5B4voCSC4TCfJFQEZhYR/s400/waber-probable-lineage.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="right"><strong>Autor:</strong> Dan Waber</div><div align="right"><strong>Disponível em:</strong> <a href="http://www.drunkenboat.com/db8/oulipo/featureoulipo/toward/waber/waber.html#top"><span style="color:#000000;">http://www.drunkenboat.com/db8/oulipo/featureoulipo/toward/waber/waber.html#top</span></a></div>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-41680918501485817562008-10-14T16:14:00.002-04:002008-10-14T16:19:20.080-04:00GARIMPO LITERÁRIO<div align="right"><strong>Se eu me precipitasse...</strong></div><br />se eu me precipitasse<br />em um precipício<br />e esse fosse a princípio<br />uma boca que falasse<br /><br />e essa decidisse<br />pôr fim à queda e à sua falácia<br />e predissesse<br />qual um vate que musas invocasse<br /><br />meu destino<br />e o mais que me coubesse<br />eu principiaria a rir<br />como se risse fosse<br /><br />o passe de mágica<br />que transfigurasse<br />o que parecia inevitavelmente trágico<br />na mais despretensiosa tolice<br /><span style="color:#ffffff;">.</span><br /><span style="color:#ffffff;">.</span><br /><div align="right"><span style="color:#000000;"><em>Autor: Paulo de Toledo</em></span></div><div align="right"><span style="color:#000000;"><em>Disponível em: </em></span><a href="http://www.jornaldepoesia.jor.br/paulodetoledo.html"><span style="color:#000000;"><em>http://www.jornaldepoesia.jor.br/paulodetoledo.html</em></span></a></div><div align="right"><span style="color:#000000;"><em>Contato: </em></span><a style="TEXT-DECORATION: none" href="mailto:paulodtoledo@uol.com.br"><span style="color:#000000;"><em>paulodtoledo@uol.com.br</em></span></a></div>Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3276608887188781875.post-54025259164143423382008-10-14T07:26:00.001-04:002008-10-14T07:31:19.137-04:00M'águaEscrevo à luz da palavra que me consome:<br />rendo-me tão-somente às idéias<br />- dois ou três copos d’água –<br />nem sinto fome.<br />Vai dizer que viver<br />não é feito de mágica?<br />Mas, agora, racionamento de água:<br />falta-me inspir-ação, ânimo, páginas.<br />O solo resseca, o corpo sossega,<br />e a mente traja<br />luto.Priscila Lopeshttp://www.blogger.com/profile/16744632424618053520noreply@blogger.com8