segunda-feira, 3 de agosto de 2009
THE END
Postado por Priscila Lopes às 16:51 8 espinhos
quinta-feira, 23 de julho de 2009
DE LÁ PRA CÁ
Postado por Priscila Lopes às 12:00 2 espinhos
Marcadores: Alice Macedo Campos, Portugal
segunda-feira, 20 de julho de 2009
COMO DIRIA JOSÉ PAULO PAES...
a poesia está morta
mas juro que não fui eu
eu até que tentei fazer o melhor que podia para salvá-la
imitei diligentemente augusto dos anjos paulo torres car-
los drummond de andrade manuel bandeira murilo
mendes vladimir maiakóvski joão cabral de melo neto
paul éluard oswald de andrade guillaume apollinaire
sosígenes costa bertolt brecht augusto de campos
não adiantou nada
em desespero de causa cheguei a imitar um certo (ou
incerto) josé paulo paes poeta de ribeirãozinho estrada
de ferro araraquarense
porém ribeirãozinho mudou
de nome a estrada de ferro
araraquarense foi extinta
e josé paulo paes parece
nunca ter existido
nem eu
Postado por Priscila Lopes às 12:00 1 espinhos
Marcadores: José Paulo Paes
quinta-feira, 16 de julho de 2009
tempo-passa
Meu pintinho amarelinho
não cabe mais na minha mão.
E batatinha quando nasce
é exportada - pro Japão?
A Bela Adormecida está acordada,
e minha rima é enjoada
só pra chamar tua atenção.
Postado por Priscila Lopes às 12:00 3 espinhos
segunda-feira, 13 de julho de 2009
GARIMPO LITERÁRIO
inspirado em Waly Salomão
o poema não se escreve
sozinho, essa folha
com as letras já carimbadas
sobre o papel
é preciso um barbante
amarrado no punho
para puxar
palavras
que são teimosas, às vezes
cismam em não pintar
em correr para fora
da borda, pique-esconde
de letras no quarto
meus dedos buscando
nas paredes
o escuro
Postado por Priscila Lopes às 12:00 0 espinhos
Marcadores: Alice Sant´Anna
sexta-feira, 10 de julho de 2009
COMO DIRIA CHACAL...
uma
palavra
escrita é uma
palavra não dita é uma
palavra maldita é uma palavra
gravada como gravata que é uma palavra
gaiata como goiaba que é uma palavra gostosa
Postado por Priscila Lopes às 14:55 2 espinhos
Marcadores: Chacal
terça-feira, 23 de junho de 2009
parábola pós ponderação
Paro para parecer
proposital a perda
de paradigmas
precipitados na
apropriação da
primeira prática
proibida. É possível
que se possa ser
passional com a
pessoa pressionada
à passear na passagem
do pensamento pulsante.
Pondo uma ponte
diante dessa gente
pendurada
ponta à ponta
pinta-se um pêndulo
ponderador de pancadas.
Postado por Aline Gallina às 14:13 1 espinhos
GARIMPO LITERÁRIO
deu o sangue
por esses versos
descartáveis
Postado por Priscila Lopes às 12:00 1 espinhos
Marcadores: Germina Literatura, Líria Porto
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Questionamentos poético-adolescentes
E eu, que já não tinha pernas
me sinto parada
Que já não tinha mãos
faço quase nada
Que já não tinha olhos
vista embaçada
- Vivo pra não morrer.
E eu, que já não tinha amigos
ando solitária
Que já não tinha mãe
nem imaginária
Que já não tinha amor
vivo de migalhas
- Choro pra não sofrer.
E eu, que já não tinha fé
perdi a esperança
Que já não tinha laços
quis fazer vingança
Que já não tinha passos
a solidão me alcança
- Ando pra não correr.
E eu, que já não tinha a mim
perdi meus ideais
Que já não tinha sonhos
dores tão reais
Que já não tinha planos
vidas marginais
- Escrevo pra não esquecer.
Postado por Priscila Lopes às 08:30 2 espinhos
quinta-feira, 11 de junho de 2009
DE LÁ PRA CÁ
Todo poema acota un espacio
y lo funda, baliza un territorio.
Aquíla altura es páramo
y remanso —los hombres callan— pero
el agua baja de los montes y su voz
desnudándose al aire me traspasa. Muchos
aquí se van y pocos
vuelven, los que se quedan vagan
como espectros rulfianos pero
su corazón sin catastrar ignora
la prisa y los registros. Aquí
los frutos son de otoño y cuando
llegan, porque las casas dan
al invierno y la flor se desploma
en ruina al pasmo de las noches
en pueblos sin escuela ni tabernas. Pero
todavía en algunos
es virtud la templanza y no se pierde
el hombre por el lucro o la apariencia. Estos
son los dominios del silencio. El tiempo
aquí se para. Y me traduce.
Postado por Priscila Lopes às 14:32 0 espinhos
Marcadores: Ausejo de la Sierra, Fermín Herrero
segunda-feira, 8 de junho de 2009
GARIMPO LITERÁRIO
Já faz tempo que desacreditei em Deus.
No entanto, nunca esteve tão longe
como só o que existe pode estar.
E por assim ter a distância,
abre-me a falta Dele ao peito.
Sei de explicações psicológicas, antropológicas,
li Levis Strauss,
mas o encanto faz-me viva.
Deus não será isso mesmo,
Nossos espíritos imaginando?
Postado por Priscila Lopes às 09:00 2 espinhos
Marcadores: Deus, Elaine Pauvolid
quinta-feira, 4 de junho de 2009
COMO DIRIA CASSIANO RICARDO...
Bem sei que, muitas vezes,
o único remédio
é adiar tudo.
É adiar a sede, a fome, a viagem,
a dívida, o divertimento,
o pedido de emprego, ou a própria alegria.
A esperança é também uma forma
de contínuo adiamento.
Sei que é preciso prestigiar a esperança,
numa sala de espera.
Mas sei também que espera significa luta e não, apenas,
esperança sentada.
Não abdicação diante da vida.
A esperança
nunca é a forma burguesa, sentada e tranquila da
espera.
Nunca é a figura de mulher
do quadro antigo.
Sentada, dando milho aos pombos.
Postado por Priscila Lopes às 13:23 2 espinhos
Marcadores: Cassiano Ricardo, esperança, luta
quarta-feira, 20 de maio de 2009
GARIMPO LITERÁRIO
Será, Drummond?
Será que de tudo fica um pouco?
será que restou um fiapo de mim
naquele vestido de noiva?
ou qualquer pulsão de amor
sobrevivente no lodo do peito
- bronquite de adeus
Será?
Será, Drummond,
que do gesto final
sobrou um tchau?
Palavra teimosa
que vai e volta
iôiô torturado nas cartas de amor
que não soube escrever.
Será, Drummond
que o anjo do perdão
está tocando a campainha?
Será que o destino das coisas é o esquecimento?
É o tanto faz
o deixa estar.
Será, Drummond
que meu coração
é pedra
sabão?
Será, Drummond
que ela lembra de mim
quando ouve um solo
de clarim?
Será, Drummond?
Será?
Ou nada a ver...
Postado por Priscila Lopes às 13:28 3 espinhos
Marcadores: Gilberto Amendola
sexta-feira, 24 de abril de 2009
DE LÁ PRA CÁ
Postado por Priscila Lopes às 14:28 3 espinhos
quarta-feira, 22 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Modéstia à parte
.
Quero poder comemorar as coisas simples
- porque simples é o meu poema.
Invejar as flores que não são tristes
- porque triste é o meu poema.
se houver problemas, superá-los;
se ousar a corrupção, vencê-la;
Quero a prosperidade - na verdade,
hotel seis estrelas!
- porque meu poema é simples
e pretensioso.
.
Postado por Priscila Lopes às 15:22 4 espinhos
quarta-feira, 18 de março de 2009
O GESTO NÃO É PALAVRA
NEM O OBJETO
AS LETRAS NÃO SÃO ONÍRICAS.
A SEQUÊNCIA DE LETRAS FAZ O CONSCIENTE
PALAVRA É O PENSAMENTO.
Postado por Aline Gallina às 14:54 4 espinhos
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Dízima periódica
as letras
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Postado por Aline Gallina às 16:16 9 espinhos