Poema Frio
Inverno
inaugurou hoje
não no calendário,
que lá inda é outono,
mas no ano
no dia
na pele.
Inverno
invadiu o ar
que chora
uma chuva
molhada
chuva de inverno
molha até os papéis
(os que estão
nas gavetas)
Inverno
chove triste
molha a roupa
molha o corpo
molha os ossos
chora o dia
até virar noite
Inverno
encharca
as calçadas,
emboscado
embaixo das lajes,
alagando frieiras,
penetrando por
insuspeitos
buracos no sapato.
Inverno
triste e cinzento
como o dia
como a cidade
como o mofo
das paredes
e da alma
das pessoas
Se o inferno
fosse frio,
seria inverno
Autor: Renato de Mattos Motta
Disponível em: http://remamo.blogspot.com/
7 espinhos:
No calendário da pele
a cidade ainda é mofo
baldio
No calendário das lajes
a emboscada feita de
sapatos.
No obituário das cores
armários ainda sonham
seus buracos
Bem interessante e generosa a proposta do blog
valeu a visita lá no império Priscila
abraço
Carlos A.
Obrigado!
nem
sei
o que
dizer...
Poxa Priscila, foi muito bom também receber esse comentário! Fiquei realmente feliz em ver ampliada a minha rede de amigos-poetas virtuais e conhecer esse novo Blog! Maravilha! Grande motivação para mim! Estarei sempre aqui no Cinco Espinhos ... Muito prazer e Beijo grande!
Que bom o Renato por aqui.
Bj!
Muuuuuuuuiiiiiiiitooooooooo bom o poema!!!! Meus parabéns! Olha... Não gosto do inverno não... Prefiro o calor do verão! Bjoks
Gostei da proposta, bastante interessante. Obrigado pelso elogios ao meu poema. Volte sempre ao meu blog. Voltarei aqui mais vezes.
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