Caixa de Carne
o mundo lá fora exigindo minha voz
a essência que me permeia fica quieta
tempos de inverno
sobrevivo olhando a fronte de alguns
à frente de mim mesmo
sou homem de recursos escassos
sei pouco daquilo que emprenha
as vítimas de minha sedução
quase mês sem gritar
quase mês sem soletrar a dor
por isso escamo feito peixe
caixa de carne triste
azedumes contemporâneos
ainda restam gemidos
- melhor -
ganidos palavrosos
deste seu cachorro sem escolhas
Autor: Rubens da Cunha
Disponível em: http://www.casadeparagens.blogspot.com/
5 espinhos:
Uma descoberta de autor, de Blog e creio que de sensibilidade
abraço
Sim, a sensibilidade poética de Rubens da Cunha é bastante atraente - e assim se fez um belo blog.
Olá .... bah !! gostei disso, gosto das palavras fortes, de poesia feita de carne, saliva e corpo ....
muito bom !!!
www.monalisabudel.blogspot.com
obrigado pela garimpagem e pela leitura.
to programando um lançamento do meu livro em Florianópolis. espero vcs lá :))
abraços
gostei! =D
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