quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Abstração

Pássaros, pássaros! Passos
sôfregos perpassando o tempo
- e o Tempo é onde?

Vendo os olhos
de uma criança
que chora

(e o verbo é quando?)

17 comentários:

  1. ainda bem que voei aqui hoje

    Abrássaros!

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  2. Tais versos recordaram-me uma música dos Los Hermanos (tão bela quanto) - Pássaros:

    ''Euaflito e só,confuso e semvocê por aqui.assim eu sonhei mas isso eu não quis.que
    diferença?o dia se fez assim.há um conflito um,nóeu difuso enfim os pássaros vêmme
    levar aívisitar océu e pra ver vocêlevantando o véu pra mim.mas eles só me vêemquando eu
    já não seise eu estou são,O que é um sonho ruim,o que é um sonhobom.que diferença?a
    vida é igual,assim eeu não seieunãoseinãoseieunãoseise isso é você.quem bate aí?
    Se é pra eu te verentão deixa
    eudormir.''

    Desculpa a intromissão ;)

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  3. Prezadas Aline e Priscila, agradeço pela visita.

    Já conhecia o Cinco Espinhos, blog de vocês. Fico feliz de ter a oportunidade de estar aqui novamente.

    Apenas fico pensando sobre a crítica literária que dizem: onde está ela?

    Parabéns pelo trabalho, continuem,

    Abraços;

    Ponce.

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  4. Olá Thiago!

    Fico feliz com o seu retorno e obrigada pelos complementos!

    Sobre a crítica literária, se você prestar bem atenção, ela está em forma de poesia.

    A cada poesia que aqui publicamos, nos envolvemos profundamente com alguma mensagem literária - pode-se dizer "crítica" mesmo. Quem comenta sobre o que foi posto em pauta, consegue nos fazer chegar em uma discussão sempre bem interessante. Sem contar as enquetes que estão explicitamente convocando a um pensamento criticamente literário.

    Ao oferecermos um espaço para a divulgação de novos escritores anônimos - da nova poesia (geralmente) - também buscamos quebrar barreiras diante da dificuldade que é divulgar os trabalhos desses "novos² poetas".

    Espero vê-lo mais vezes aqui no blog!

    Abraços.

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  5. Olá Priscila, passei para desejar-te bom fim de semana.
    Beijinhos,
    Fernandinha

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  6. vendo os olhos de uma criança que chora
    e o tempo é quando.

    prolonga-se o verbo num tempo dedobrado !
    o meu abraço

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. um exemplo de capacidade poética.
    destruir os limites do convencional, transgredir.

    muito bom o blog! interativo, tem enquete e tal. gostei muito!

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  9. Salut Priscila

    Sou um Diabo que que não gosta de má literatura, nem diarreia verbal pretensiosa.
    Tudo o que escreves, são trocadilhos ardilosos de palavras,que só têm sentido para ti e os teus amigos. É hilariante ver, como vocês (tu e os teus amigos) se elogiam uns aos outros na ilusão que escrevem algo transcendental. Compreendo as ilusões próprias da juventude, mas, escrever é um exercício para o qual é necessário bases sólidas prenhes de conteúdo.
    Algumas borrões que escreves são mesmo maus.
    Deixo-te com Zeca Afonso!
    "A formiga no carreiro ia em sentido contrário, mudou de rumo, mudou de rumo etc. etc e tal".
    Escreve muito, muito, mas!?
    Um sorriso cínico do Satanás.
    CIAO

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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  11. Rodolfo, foi especialmente agradável para mim ler teu comentário e perceber que você captou pelo menos três das leituras possíveis. Não falo nem em sentido, pois uma vez proferido o discurso (o texto, enfim), o sentido escapa ao sujeito falante.

    Quanto ao comentário Anônimo, é importante salientar que NENHUM daqueles que aqui comentam ou já comentaram são nossos amigos - eu sequer os conheço pessoalmente. Amigos eu tenho na faculdade, no trabalho, no bairro. Na internet minhas relações são puramente literárias - para não dizer "profissionais" e soar pretensiosa. Portanto, os freqüentadores do Cinco Espinhos aqui estão por simpatizar com o tema de alguma forma, quer para elogiar o projeto, os poemas, ou criticar/comentar/acrescentar alguma coisa últil ao debate sobre literatura tida como "contemporânea".

    Assim como há entusiastas e escritores amadores, inúmeros são os escritores já "publicados" e os professores de Letras que nos visitam, na maior parte das vezes limitando-se a me escrever emails, em vez de aqui se identificar.

    Você provavelmente não compreende a poesia "contemporânea" (ou moderna ou atual) e por isso "não gosta". Isso é senso comum. Eu também costumava dizer que não gostava de volei, quando na verdade não sabia jogar.

    É tentador recorrer à autoridade "Você sabe com quem está falando?", mas conseguirei resistir - porque meu perfil já demonstra que, ao contrário do que você insinuou, possuo bases sólidas para a escrita. Aliás, estudo diariamente, as Letras.

    Ainda que com cinismo, é interessante para nós receber comentários tão atenciosos para com nossa proposta no Cinco Espinhos.

    Abraços a todos, continuem...!

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  12. Priscila,
    algo aqui me fez lembrar Mario Quintana:
    "
    Poeminho do Contra

    Todos esses que aí estão
    Atravancando meu caminho,
    Eles passarão...
    Eu passarinho!"

    Um abraço.

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  13. Belo poema Priscila Lopes. Ele é simples, leve. Adoro as aliterações dele e a quebra da narrativa (?). Dão um tom muito mais Poético. Parabéns!

    Grato pela visita.

    Edilmar Amaral


    http://encontrodepoetas.blogspot.com

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  14. "Ah que saudade de poder voar
    Entre os rios, as árvores e o mar..." música de um amigo,aqui está o link desta linda musica no pure volume: http://www.purevolume.com/medonho

    abraço!

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  15. Estão a ver a almofada do poder, e
    ainda por cima a baralhar com Zeca Afonso . Velha técnica esta, de mudar sinais as coisas, como se elas se enquadrassem em determinado lugares e só. Este Salut pelo menos sessenta anus, e problemas em algum ângulo de visão.
    A formiga está é na pantufa!
    Salut. Ainda cumprimento do século 19, quando a França se julgava dona e senhora do centro cultural do mundo.
    Salut , o que isto traz na língua? ?
    Boa-noite
    Boa noite também ao Rudolfo
    »seja bem-vindo quem vier por bem»
    Não é senhor do salut? È uma canção do mesmo canto-autor!
    jrm

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  16. Mallarmé tem um soneto (digamos, "moderninho") chamado Salut.

    A título de curiosidade. Para não falarmos só em nagativ-idades

    Somos todos seres humanos e, consequentemente, críticos. Brasileiros ou não, diariamente nos colocamos na posição de críticos de arte, política, economia, vida alheia...

    O importante é fundamentarmos nossas críticas para incrementar os debates, não empobrecê-los com adjetivos chulos.



    Saudações!

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